quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O tempo passa, o sonho não

Lápis: afinal por que me consome,
Se acaba me matando ao escrever?
Pois qualquer que seja teu nome
Tudo que produzes será vir a ser.

Não beberás chama da lamparina
Tampouco conversarás com luar
Pois constelação já não te ilumina
Portanto estás em outro patamar.

Na tua cama essa insone fronha
Sabe de ti um universo de eventos
Desde quando te trouxe a cegonha
Até teus recôndidos pensamentos.

Então o seu íntimo sonho exponha
Pra não se tornar vate lamuriento.

Um comentário:

  1. O sonho nos mantêm vivos, amigo Jair. Refutemos aqui a frase beatleatica (o sonho acabou). Demos vida a ele.
    Um abração. Tenhas um ótimo dia.

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