sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Soneto-acróstico, A Morte

Um evento absoluto porém universal
Morremos todos quando chega o dia
Se fôssemos eternos, ô vida sem sal!
O fato da passagem dá à vida alegria.

Nem tanto a terra, nem tanto ao mar
Eventual e nada certo virá ela quando
Tudo que sabemos: é sempre regular
Onde estejamos ela está observando.

À ceifadeira ninguém dedica poemas
Morre-se e os poetas se calam então
Ou ela é ruim ou cheia de esquemas.

Realmente, um dia todos aqui estão
Totalmente alegres e sem problemas
E sem um aviso ela chega de roldão.

5 comentários:

  1. Bom dia Jair
    A morte é ruim pra quem fica e por uns tempos. Depois acabou.
    Belo soneto à morte
    Abç
    Bárbara

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  2. Amigo Jair, a ceifadora das gentes, como dizia Saramago, às vezes avisa, manda recado, emite telefonema ao distinto premiado.
    Um abraço. Tenhas um ótimo fim de semana.

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  3. Pois eu temo a Caetana (nome dado à morte por Suassuna♥), sempre temi e não consigo lidar muito bem com a presença dela...

    Beijoo'os

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  4. Caro Jair,
    Fiquei boquiaberto com o soneto-acróstico que deixaste no meu blogue a propósito do poema que publiquei no sábado passado.
    Percebi, de imediato, que estava perante um Poeta. A poesia que agora li neste teu blogue veio, naturalmente, confirmar a minha primeira impressão.
    Parabéns pelo talento poético que as tuas palavras revelam. A excelência mora na tua poesia.
    Um abraço.

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