quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Tempos outros


Ah, que saudade da guerra fria
Que era o arreganhar de dentes
De tiro e bombas não se morria.
Somente atrito entre dementes.

Uns que outros diziam se odiar
O resto do mundo em suspense
Sabendo que seria muito azar
O mortal embate de non sense.

Mas o fim das ideologias então
Na guerra  colocou ponto final,
Porém ódio oriundo da religião
Encaroçou de novo o mingau.

Aqueceu a guerra, um calorão!
E a paz novamente foi pro pau.

5 comentários:

  1. Você e suas criações de surpreender; achei magnífico!

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  2. E a Humanidade parece não viver plenamente sem uma guerra, seja ela de que índole for.
    Um tema tristemente atual numa poesia de mestre !

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  3. Caro poeta amigo Jair, lembro-me não digo com saudade, mas com uma quase angústia, consequência do panico que aquele vocábulo provocava no meu espírito criança. Mas tu tens razão, a guerra fria foi uma ficção ou passo que as guerras santas não possuem a propalada santidade.
    Um abração. Tenhas uma boa tarde.

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  4. A guerra fria era um método pelo qual não se entrava em guerra e, nesse aspecto, era uma boa opção.
    O teu poema é excelente.
    Bom resto de semana, caro amigo.
    Abraço.

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  5. Desculpa o erro Jair.
    Eu disse que a pior guerra é aquela travada dentro do próprio ser, pois essa destrói nossos neurônios e a razão de viver
    Abç
    Bárbara

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