quinta-feira, 16 de julho de 2015

Velhice


Maldito espelho me diz que envelheço,
Enquanto desaparece minha juventude.
Porém sei que esse degenerado preço
O tempo me cobra porquanto não ilude.

E o tempo à vida e beleza ele é avesso
Não adianta se você deseja que mude
Faça plástica e se abarrote de adereço
Vai envelhecer e seu fim será o ataúde.

Então lembre, ninguém fica prá semente
Independente de seu esforço ou vontade
Você envelhecerá como toda essa gente.

Ainda que aos céus você apele ou brade
O tal tempo piedade por você não sente
Pois a melhor virtude dele é a crueldade.

2 comentários:

  1. Caro amigo poeta Jair, o tempo é implacável e imparcial.
    Um abraço. Tenhas um bom dia.
    Ah, ai também chove muito?

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  2. O correto, o ótimo é saber envelhecer com dignidade e não bancar aquelas peruas ridículas. No amadurecimento, o 'mais é menos': sem jamais lembrar uma árvore de Natal... E os homens, sem parecerem uns rinocerontes malhados.
    Abraços! Ótimo tema. Dá pano pra manga...

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