quinta-feira, 6 de agosto de 2015

À nave que vai

Soneto-acróstico

Se aquele é vento soprando quente
Infenso à calmaria da desesperança
Navega o barco no mar inclemente
Ganhando ares enquanto destrança.

Recolhe sua âncora no mar assente
Algum pretérito no cais que se lança
Nas velas em chamas então somente
Debanda viagem numa maré mansa.

O que faz a gaivota sem o seu bando
Mesmo que sardinhas não coma mais
A nave vai veloz, contudo até quando?

Receio que apenas em outros arraiais
Esse barco continue assim navegando
Seja Almirante igual entre seus iguais.

Um comentário:

  1. Querida amigo poeta Jair, certamente nossa nave continuará singrando outros mares após a partida deste plano.
    Um abração. Tenhas uma boa tarde.

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