quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Tem outro lado


Não a vê passar, mas a vida passa
E não dá satisfação prá ninguém
E enquanto você vaga pela praça
Sua vida se foi e nunca mais vem.

Pois mais do que andar uma vida
Será o que você fez que importa
Lembre-se que ela é via só de ida
Que repeteco nenhum comporta.

E deixe de esperar com sossego
Não sobrará tanto tempo assim
Faça da existência bom emprego,
Até que chegue o inexorável fim.

Então liberto de todo desapego
Almoçará pela raiz o bom capim.

3 comentários:

  1. Mama mia!
    Já cedo me deixando agoniada com sua forte e linda poesia.
    Beijos no coração
    Lua Singular

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  2. Caro amigo poeta Jair, menos mal, que quando estamos bem de saúde ou não sofremos nenhuma moléstia cronica, não percebemos, de maneira contundente, a contagem regressiva. Quem sabe se em idade mais avançada não venhamos a ser acossados sentimentos acelerados em relação a fase em que nos encontramos?
    Um abraço. Tenhas uma ótima quarta-feira.

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  3. Sabe, Jair, não gosto de aniversário, muitas vezes pensei: comemorar o quê? Um ano que passou não tem o porquê; um ano a menos pra viver... não tem por que comemorar. Esse é o "outro lado" da questão!
    Grande abraço.

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