segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Questionando

Quando me ponho seriamente a pensar
Naquela minha mocidade descontraída
Que enxergava o mundo sob outro olhar
Parece-me que vivi numa diferente vida.

E essa minha triste história descolorida
Que antes havia sido um tanto singular
Revela-se no presente muito aborrecida
E cai nessa monotonia um tanto peculiar.

Então eu me aborreço e me questiono
Será que a minha vida é somente isso?
Essa mesmice com cara de abandono?

O dia-a-dia depressa vai perdendo viço
E eu, aos poucos, vou perdendo o sono
E sinto com a vida não ter compromisso.

4 comentários:

  1. Querido amigo poeta Jair, acho que, praticamente, é assim com todo mundo: desenhamos na juventude a vida ideal, entretanto, como tu dizes, com o passar dos anos vamos perdendo o viço e vida vai descolorindo...
    Um abração. Tenhas uma ótima semana.

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  2. O tempo passa velozmente por todos nós, o importante é irmos aproveitando o melhor possível o que o presente nos vai oferecendo.
    Um abraço
    Maria

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  3. Poema triste, né Jair? Mas quando falamos de emoções, e principalmente das nossas emoções, apesar de triste fica lindo demais, simplesmente porque nele contém a verdade, não é ficção, não é fantasia. E isso, como diz Dilmar, acontece com todos nós em várias épocas da vida. Mas temos de dar a volta por cima e continuar remendo... Quem disse que viemos para sermos felizes 365 dias? Não existe.
    Grande abraço.

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