segunda-feira, 19 de setembro de 2016

O inquilino

Há consenso, alguém sobra na Terra
O nosso planeta em equilíbrio perfeito
Mas veio o Homo esse feitor de guerra
O mundo, à frente, jamais tomou jeito.

Iníquo, o Homo parece não enxergar
Não percebe ser o intruso indesejado
Quando surge deixa ordem naufragar
Um vírus maldito, esse excomungado.

Invadiu tudo, exterminando os animais
Louvando-se em nome do progresso
Inquilino que não vê por aí seus iguais
Nada mais importa, somente o sucesso.

O planeta está a seu serviço, ele pensa
Mesmo sabendo-se apenas um inquilino
Arrogante, não encontra quem o vença
Logo traçará desta Terra, triste destino.

Deixe que um dia pagará caro essa conta
Inclusive, pagar dobrado o idiota deverá
Todo dia no oriente o velho sol desponta
Olha e diz, do jeito que está, saída não há.

2 comentários:

  1. Caro amigo poeta Jair, problema é que o inquilino é por demais egótico, pois sabe do mal que está fazendo, entretanto, justifica-se: há, quando a terra se transformar em um deserto inóspito, eu não estarei mais aqui.
    Um abraço. Tenhas uma ótima semana.

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  2. E eu também não estarei, confirmando o amigo Dilmar. Um dia, daqui a muito tempo, esse planetinha e seus inquilinos, de todas as espécies, entrarão em agonia, porém apenas um culpado, O Homo!!
    Abraços, amigo.

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