terça-feira, 17 de janeiro de 2017

O soneto

Há certa imposição no corpo do soneto
Algo que fascina, cativa e desafia
Porque essa modalidade de poesia
Aposta em modelo na forma de folheto.

As primeiras estrofes, rígidos quartetos
Uma parte integrante dessa anatomia
Não importa se de tristeza ou de alegria
Finaliza com conjuminantes tercetos.

Dentro desse notável arranjo final
Sem que lhe reste uma dúvida terminal
O tema será claramente esgotado.

Porque o soneto é estória bem contada
Despido dalguma rebarba, sem mais nada
Onde o sonetista encontra-se amarrado.

3 comentários:

  1. Meu caro amigo poeta sonetista Jair, desde meus primeiros olhos para a poesia que tenho encanto pelo poema. Até tentei fazê-lo, mas a falta de jeito para a coisa levou-me a parar de tentar.
    Um abraço. Tenhas uma boa tarde.

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  2. Boa tarde, amigo Jair,
    tenho grande admiração pelos sonetos, mas não tenho o dom.Você fala da imposição, mas deve ser seguida,pois é norma. Um grande sonetista como você consegue vencer o desfio com galhardia, mesmo amarrado, às linhas, nos dá sua linda estória.Aplausos para você!

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    Respostas
    1. O Sonetista
      Assim é Marli, um sonetista fecundo
      Explorando, com habilidade, as frestas
      Pois evitando, por vez, soluções funestas
      Consegue versear com mérito, e a fundo.

      Na busca permanente do verso rotundo
      De, talvez, definições sinceras, honestas
      Haverá que ter gosto por aquelas ou estas
      Então, sem receio, representar o mundo.

      E encontrar maneiras de falar aos povos
      Naquelas suas variedades tão imensas
      Mesmo a custa de vários acordos novos.

      É coisa muito mais fácil do que tu pensas
      Basta ter cuidado, não descuidar dos ovos
      Comentários do leitor, serão recompensas.

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