domingo, 24 de junho de 2018

Em alto mar

Marinheiros encantados pela sereia,
navegam cegos pelo nevoeiro denso;
se toparem com esconso banco de areia,
podem encalhar no feio do mar imenso.

Sobre suas cabeças, apenas o céu,
de nuvens pesadas, densa escuridão;
à sua frente quase impenetrável véu,
duma brancura alvacenta como algodão

Ainda que mui temerosos dessa bruma,
a nave incólume na turva água flutua,
como navegar sempre à frente costuma.

Cada marujo agarra-se à crença sua,
desfiando contas do rosário, uma a uma,
esperando que pelo menos, surja a lua.

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