sexta-feira, 8 de junho de 2018

Lá no planalto central

A pergunta que se impõe: roubos até quando?
com bandidos andando em plena luz do dia;
fazendo do Congresso uma casa de orgia,
enquanto a grana das “comissões” vai rolando.

Próceres do afano, com a cabeça fria,
escoram uns nos outros, vão formando bando;
e o prazer da vida faustosa antegozando,
mesmo quando o povão, bravo, nas ruas chia.

Para que lamentar, se têm os bolsos cheios,
e quem sai às ruas é apenas a escumalha,
de revoltadas mulheres e homens feios.

Portanto, escorados nessa justiça falha,
manuseando a faca e queijo como meios,
por aqui vamos fazendo nossa bandalha.


3 comentários:

  1. Bom dia amigo Jair, soneto muito bem feito e os versos rimados mostram o que todos nós, brasileiros, já estamos acostumados, pois é, políticos são todos "farinha do mesmo saco", triste realidade!
    Um país tão rico, sim, Brasil é riquíssimo, o povo é que é pobre!
    Abraços apertados!

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  2. Esse país tá uma baderna meu caro. É só decepção...

    PS:
    Sei que estou ausente mas passo para matar a saudade de tua inspiração. Até as mais lúcidas.

    Bjs

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  3. Muito bom, Jair, concordo com tudo, mas confesso que as vezes não posso dizer as palavras ideais para descrever esse quadro deprimente!
    Não tem jeito e nunca terá, com toda a lava jato em cima, a bandalheira continua. E quando chegam lá na Ilha da Safadeza, a coisa muda de cor. Está no DNA da política brasileira.
    É só desencanto. E você sempre acerta no ponto. No alvo.
    Grande abraço, amigo.

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