sábado, 30 de junho de 2018

Minha floresta


Ah! minha floresta ombrófila, tão sombria,
que, por partes, sucumbiu ao maldito machado;
sem que se ouvisse nenhum reclamo, um brado,
que nós a percorríamos quase em ramaria.

Catávamos os pinhões da araucária sadia,
na floresta que orlava nosso povoado;
sob aquele dossel refrescante e fechado,
enquanto cada árvore para nós sorria.

Agora já não és como fora: sonora,
porquanto sumiram todos os passarinhos,
então tornou-se muito triste a tua aurora.

Lembro dos filhotes piando em seus ninhos,
aquele canto que melodioso de outrora,
que, por certo seguiram por outros caminhos.

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