quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Jardim das ostras


Eram simples ostras como tantas outras
Como flores pétreas formavam um jardim
Como tantas outras eram simples ostras
Umas com outras bem juntinhas assim

Como todas eram Maria vai com as outras
Mas umas e outras cismavam com sismos
Algumas outras ostras fugiam das lontras
E ostras mais loucas temiam ostracismos

Seu mais caro futurólogo era Ostradamos
Sem mais aquela outra ostras são flores
Que no vegetocoral florescem em ramos

As ostras todas congregam em montras
Umas pelas outras conjugam-se em cores 
E umas a favor muitas outras são contras.

4 comentários:

  1. ....fui fechando o tempo sem chover
    fui fechando os meus olhos pra esquecer...


    beij0

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  2. Que belo e criativo soneto, tantas figuras de linguagem para enriquecer seu escrito. Ostra, palavra tão pequena , tão simples,mas que rendeu grande soneto nas mãos de um grande escritor. Parabéns! Grande abraço!

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  3. E viva a imaginação...Sabe, Jair, costumo dizer que nós, os poetas (que pretensão), somos meio santos...Enquanto a maioria das pessoas jogam palavras fora, nós estamos sempre, em busca de um novo vocábulo, de uma nova frase para um novo poema...
    Beijos!!!

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