segunda-feira, 16 de junho de 2014

Passado

Quando penso sobre o que escrevo
Eu concordo que invoco o passado,
Muito mais fundo lembrar me atrevo
E àquilo que foi, me sinto algemado,

Mas como lembrar é viver, isso posto
Não me cabe indagar porque e como
Se de outrora me recordo de um rosto,
Este de repente surge, num assomo.

Mas pelo acontecido não me lastimo
Sei que tudo não foi somente flores
Que ora estive embaixo, ora no cimo.

Houve, contudo, frustração de amores.
E que, jamais se repetirá, assim estimo,
Para mim parecer teatro de horrores.

Um comentário:

  1. Interessante, amigo poeta Jair, o passado está sempre rondando a pena do escriba, seja ele poeta, cronista, contista ou diletante, que o meu caso. Engraçado que eventos pretéritos amargos, com o passar do tempo perdem aquela carga emocional, que havia nos marcado de maneira indelével, vai perdendo a intensidade até se transformar em lembranças sofridas, apenas...
    Um abraço. Tenhas uma ótima semana.

    ResponderExcluir