terça-feira, 15 de julho de 2014

Pout purri

Podemos ouvir as batidas do coração
Entrar por uma, sair pela outra orelha
Porém o branco barco da respiração
Como cavalos, relincham para ovelhas

Entretanto com um estrondo obscuro
Vi assustarem-se muitos fantasmas
E uma sombra deixou o mundo escuro
Inundou o pântano aquele ectoplasma

Ficou inerte ali tudo de vivo que havia
Partiu em duas partes o campanário
Enquanto a pedra de musgo se partia

O mar antes da aurora era um aquário
No meio das águas caudalosas sorria
Caindo e levantando, ignorante otário.

Um comentário:

  1. Amigo poeta Jair, passando por aqui para apreciar teu soneto. Um abraço. Tenhas um bom dia.

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