Olha essas
sombras tão malvindas
Amortalhando esta
avenida solitária.
Onde todas
esperanças são findas
E qualquer ente
se sente um pária.
Tudo que é bom
por aqui se acaba
Tal qual se o fim
dos tempos fosse
Pois também a vivência
menoscaba
E absolutamente
nada sabe a doce.
É como se o amor
jamais existisse
E todo mal
existente seria herança,
E a dor do mundo
aqui persistisse.
Na escuridão o frio
também avança
E com ele vem a
horrenda velhice
Que reduz a nada
nossa esperança.
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