sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A idade ensina


Sei, sou velho, tenho mais de sessenta
E, sinceramente, ainda não sei qual cor
Será essa que à esta velhice apresenta
Se é uma matiz fria ou ardente de calor.

Mas no fundo tenho uma desconfiança
Não é amarela, vermelha ou alaranjada
Tampouco azul cerúleo ou até faiança
É cor bem neutra que representa nada.

Porquanto é outonal essa tal de velhice
Pois quem é velho parecer não deseja
E pouco importa o que por aí se disse
Nenhum velho quer do bolo ser cereja.

E se alguém diz que ser velho é chatice,
Talvez fique chato quando velho ele seja.

2 comentários:

  1. Muito bom teu questionamento poético, meu amigo Jair. Menos mal que houve uma mudança positiva nos parâmetros relativos à velhice, pois, quando eu era jovem, lembro-me de que muitas pessoas com mais quarenta anos, quando desempregadas, tinham dificuldades para conseguir trabalho, pois eram consideradas velhas para o mercado. Hoje, há que se considerar também que a média de tempo de vida aumentou bastante em relação ao passado.
    Um abraço. Tenhas um ótimo fim de semana.

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  2. Oi Jair,
    A velhice está na entrega da vida. Sou mais velha que você e se Deus assim o permitir quero viver até ficar uma bela gagá com sabedoria.kkk
    Abç
    Bárbara

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