Entre
quatro paredes oprimido
Escrever
era o lhe que restava
Se
aquilo fazia ou não sentido
Indiferente,
letra era sua clava.
Ele
escrevia o tempo portanto
Que
desvelava como um véu
Nunca
tinha sonhos o quanto
Pois
era um homem de papel.
E
esse claustro nada lhe dizia
Porquanto
foi sempre altaneiro
Quem
sabe nalgum futuro dia
Assumisse
seu ego verdadeiro.
Pois
a vida também é poesia
E tramita no próprio sendeiro.
E tramita no próprio sendeiro.
Nossa Jair! Que maravilha de soneto!
ResponderExcluirEste navegou minhas veias.
Você é mestre em sonetos
Obrigada por ser meu amigo virtual
Abç
Bárbara
Caro amigo poeta Maior Jair, este poema reportou-me à memória do monumental Franz Kafka, que afirmou: fora da literatura não há salvação. Não sei se Kafka escreveu algum poema, mas, em compensação, "O processo", é nota mil. Aliás, boa parte do enredo de O Processo, é aplicável ao Brasil atual, digo quanto à corrupção e a crise judicial, o amigo não concorda?
ResponderExcluirUm abraço. Tenhas um ótimo dia.