domingo, 14 de dezembro de 2014

Acróstico


Onde houver uns segredos ordinários
Seja obviamente em qualquer lugar
Esqueletos estarão nalguns armários
Sem que tenha direito de sequer julgar.

Quando lembrarmos nosso passado
Umas coisas não bem digeridas virão
Logo vira mistério tão bem guardado
Entre trastes bem velhos e outros não.

Todos temos porém alguns mistérios
Ou nos livramos deles os revelando
Senão habitarão conosco o cemitério
Nada resolvemos deixando de lado.

O agora passado, então já foi presente
Assim está no baú de ossos guardado
Receamos que um dia venha à mente
Mexendo com aquilo que foi abafado.

Átimos de eventos formam lembrança
Recordamos sem nos comprometer
Investigando fundo tempo de criança
Ouvimos o que não queremos saber.

2 comentários:

  1. Pois é, amigo poeta Jair, ainda outro dia, estando eu com um grupo de amigos surgiu a seguinte questão: quem dos presentes, tinha por ventura algum segredo a ser levado para o túmulo? Entretanto, ninguém foi taxativo afirmando uma coisa ou outra.
    Um abraço. Tenhas
    uma ótima semana.

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  2. Fantástico acróstico! Gosto de acrósticos mas não tenho o engenho que o Jair revela. Saem-lhe tão bem! Uma delícia ler!
    Bjo :)

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