segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Uns e outros

Assim como omissas avestruzes
Dizendo que não leu e não gosta
O prócer cultural com suas luzes
Tem os ouvidos pejados de bosta.

A poesia alternativa não tem vez
Só os luminares tem lugar ao sol
Mas há porém, ou um dia talvez
Que o vate marginal entre no rol.

Então vamos olhar com carinho
Porquanto existe muita gente boa
Enquanto um criador comezinho
Não receberá bênçãos nem loas.

Mas não o ponham no pelourinho,
Porque Quintana a todos perdoa.

2 comentários:

  1. Oh Jair, esses uns e outros sempre existiram e sempre existirão. Não leve esse povo em consideração.

    Beijoo'os

    ResponderExcluir
  2. Verdade, amigo poeta Jair. Aqui no RS, tem uma melodia gauhesca, que diz: "Não podemos se entregar pros homes". Homes escrito assim mesmo. Portanto, sigamos o nosso caminho, ainda que à margem.
    Um abração. Tenhas uma excelente semana e uma bela passagem de ano.

    ResponderExcluir