Lábios
E versos e rimas de silêncios só teus
Nesse canto do meu nome decorado
Ou é simples coincidência ou é deus
Sabe-se lá, inclinado para qual lado.
Tintas de teus tão aquarelados dias
Em que nada é a discreta realidade
Uma vez que devolves o que serias
Sejas tu do universo a continuidade.
Livre-me das monções do seu afeto
Átimo de tempo um tanto hodierno
Basta-me que de ti não receba veto.
Imagem que vejo mas não governo
Onde jamais serás um mero objeto
Sabe a abrigo quente neste inverno.
Nenhum comentário:
Postar um comentário