segunda-feira, 6 de abril de 2015

O poste

Ereto, a beira da rua ou no morro
Mudo, ali parado desde tempo ido
Geralmente velho, de ferro fundido
Mijado fedendo a urina de cachorro.

Ainda que projetado de mau gosto
E maioria não o veja, não pergunte
Serve de referência ao transeunte
É naturalmente de bêbado encosto.

Nunca está sozinho, vive em hoste
E, umas vezes, ali bate uma cabeça
Seja querido ou ninguém dele goste.

De qualquer modo dele não esqueça
Nenhuma cidade vive sem um poste
E lamentará quando ele desapareça.

3 comentários:

  1. Oi Jair,
    Ah! se não existisse um poste, onde jogaríamos as lamentações.
    Você é ferra poeta
    Deixei uma minúscula resposta no meu blog.
    Beijos

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  2. Perfeito meu caro amigo poeta Jair, conforme tenho dito sempre, tu crias sobre qualquer palavra, aliás, te basta uma palavra para sair um bom poema.
    Um abraço. Tenhas uma ótima semana.

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