sábado, 23 de maio de 2015

Às árvores


Digo, as árvores têm alma, querido filho!
Não as maltrate, não lhes tire o seu brilho
Cortá-las é como cortar seu próprio braço
Extingue-as aqueles que têm amor lasso.

Todas, do carvalho até mesmo o junquilho
Se as corto, a úbere natureza então pilho
Cometendo um lamentável engano crasso
Que reduz nicho de vida em curto espaço.

A natureza, a seu modo, tem vida rotativa
Não mate essa árvore, para que tudo viva!
Abandone seu machado e mortífera serra,

Não seja jamais esse tal lenhador bronco,
Não levante seu machado contra tal tronco
Lembre que as árvores são o sal da terra!

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