sábado, 20 de junho de 2015

Noturno


Recolheu-se o sol para sua casa
Tornando o dia tênue, moribundo
Então veio noite de negrura rasa
Na sombra escondendo o mundo.

No entanto algo no imo me abrasa,
Algo que com iluminação confundo
Uma fulgente luz que de mim vasa,
Experimento especial tão profundo.

Será meramente um oculto desejo,
Recalcado pelos instintos animais
Que com olho da alma sinto e vejo?

Ou o negror me faz enxergar mais
Dando-me poderes, ou até traquejo
Que à luz da lua semelham portais.

2 comentários:

  1. Sobre a noite, o anoitecer, o negrume noturno, tinha medo quando criança, acho que vem daí minha insônia rs...mas é fascinante ao mesmo tempo, depois de adulto, caminha-se na noite, se tem medo ? tenho, mas nada que me impeça o ir e vir. O negror nos faz enxergar mais, é só acostumar a visão ao escuro. Meu querido poeta, amigo e xará Jair, tenho muito felicidade de te-lo como amigo, um homem das palavras, criativo, inquieto, mais feliz ainda de poder estar nos teus espaços e recebe-lo lá no meu. Sabes da alegria de receber uma visita tua com estes acrósticos fantásticos que fazes, mas saber de um amigo assim, na internet, é um presente de Deus. Obrigado.
    ps. Carinho respeito e abraço.

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  2. Oi Jair,
    Adorei a sua poesia.
    Só você mesmo pode saber o que é.
    Beijos no coração

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