quarta-feira, 1 de julho de 2015

Invisível


Eu sou aquele despercebido no mundo
Como uma pessoa transparente fosse
Enquanto este velho Planeta iracundo
Aos seres indesejados não dá doce.

Eu sou apenas um espectro, um nada
E a ninguém no mundo ofereço perigo
Por outro lado caminhando na estrada
Sigo sempre só, ninguém vai comigo.

Sou quem que não se vê quando passa
Pergunto-me por que terá que ser assim
Um morto vivo perambulando pela praça
Sem ninguém jamais olhando para mim?

Admito minha existência não é sem jaça
Porém, por que há de ser este meu fim?

3 comentários:

  1. Boa tarde, Jair, sempre gostei de sua escrita e fazia minhas visitas . Percebi que não me respondeu mais e nem deixou seu rico comentário em meu blog. Não sei se escrevi algo que lhe ofendeu, se isso aconteceu lhe peço desculpas, pois sinto a falta de sua visita e comentário, é o que nos deixa bem com o que escrevemos. Fico no aguardo. Grande abraço!

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  2. Meu caro amigo Jair, sempre os senhor de todas as palavras, tua prodigiosidade sempre me encantou, esta tua intimidade coma s palavras e os sentimentos que se se arrastam juntos, os sentidos... não tive como não em comover com este poema, tão meu, tão eu e ao mesmo tempo me alegro por conseguir ver assim, um dos melhores remédios é reconhecermos (acredito); sabe quando digo que a poesia tem a mania de colocar de forma linda comovente, algo por vezes que nos é dolorido. Mais um belo poema.
    ps . Carinho respeito e abraço

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  3. Poema triste e comovente, sim. E foi ao Jair Machado, numa postagem que fiz de Manuel Bandeira que lhe disse que os mais belos poemas para mim são exatamente os tristes:
    (...) "poemas tristes, poemas têm de ser profundos, algo que faça algum rebuliço nos nossos sentimentos. que nos faça pensar e ao mesmo tempo ficar muitas perguntas no ar... justamente para nos levar a refletir sobre nossas vidas, o sentido que achamos nela etc e tal. Ou também nenhum sentido. Fica a escolha do freguês..."
    Abraços, amigo!
    Gostei!

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