domingo, 30 de agosto de 2015

Que bicho sou eu?


Sequer me acha bonito toda pessoa
Nem tampouco um bicho alto, guapo
Vivo tranquilo, sereno nalguma lagoa
E quando embraveço, inflo meu papo.

Se seca o lago meu mundo esboroa
Fico miserável, nem mosca eu papo
Não consigo viver fora d’água, a toa
Sinto-me perdido, verdadeiro trapo.

As vezes um menino mau me arpoa
Ser humano com espírito de gestapo
E minha esperança nos humanos voa.

Me entenda, sou belo, não um farrapo
E toda princesa me beija e me perdoa
Sou aquele anuro anfíbio, o belo sapo.

Um comentário:

  1. Também tenho medo de sapo, mas esse até merece um poema!
    Barata, não!
    Abraço! Uma série muito divertida, interessante... rs

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