Deambula pelo
sinuoso caminho o vate
De semântica
das palavras construído
Leva no bolso
como forma de arremate
Promessa que
não fora nem teria sido.
Derramando por
esse percurso o olhar
Porque caminha
por sendas que não vê
Como centopeia
que não encontra lugar
Nem sequer
entende o como e o porquê.
Deságua
aturdido no universo um dia
Desabrido, perplexo,
inefável, amoque
Depois do ante
clímax que o envolvia.
Há que
rememorar a vertigem do toque
O desenho que
sua vagância percorria
E por certo
amenizar estranho choque.
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