E, por breve momento, o orvalho
cintila
Na ponta da pétala, desequilibrado
Então num átimo sua vontade oscila
Entre brilho efêmero e cair no
gramado.
A rosa fascinada, mesmo que tranquila
Àquele broche tão logo foi dispensado
Substitui pelo que o segue naquela
fila
Que pra brilho também é vocacionado.
Contudo, há paixão entre a rosa e
orvalho
Entre o brilho da gota e o colorido
dela
Infelizmente, entre eles não há
atalho.
Porque a rosa coquete não é Cinderela
Permanece firme no seu sólido galho
Enquanto pobre orvalho no chão se
estatela.
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