sexta-feira, 22 de julho de 2016

Estações

De saco cheio, esperando a tal primavera
Que deverá, depois deste inverno, chegar
Sai de vagarinho, como lento viera
É seu plano, pra no verão não azarar.

E cada estação fez aquilo que pudera
Alguma quer frio, outra calor e brilhar
Mas quando uma chega a outra já era
Uma nos traz ventos, a outra mexe no mar.

Para mim, toda estação tem lá sua graça
Pouco se me dá que assado ou assim
Porque cada uma o seu espírito traça.

Dizer quero inverno bem longe de mim
Porque é uma estação feia, sem graça
É uma constatação burra e tão chinfrim.

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