Hoje velho, fico revivendo minha
infância,
Que parece distante, existiu em
outra era
Talvez mais pura, mais honesta e
sincera
Que, agora, à velhice oferece
substância.
Claro, lhe fornece douração, tal distância,
Acrescenta até alguma dose de
quimera
Que, parece, é talvez algo que se
espera
Nada do gênero angustioso de dar
ânsia.
Toda maturidade será portanto um
misto
De infância e mocidade, porquanto
existo
Enquanto momentos bons e ruins
somem.
Fazendo de mim quem sou, exatamente
Um animal racional o qual pensa e
sente
Em outras palavras, fez-me um homem.
Caro amigo poeta Jair, usaste muito bem a inspiração Augustiana, pois saiu um belo soneto. Realmente, somos esse misto de infância e mocidade. Um abraço. Tenhas uma boa tarde.
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