Naquelas horas
surdas duma madrugada
Até o relógio da
igreja se imobiliza
Espessa escuridão,
sensata, no chão pisa
Bem devagar para
não despertar o nada.
E o vento solitário
adota uma parada
Porquanto se detém
então nada desliza
Porquanto só bem
mais tarde se faz em brisa
De forma que, desperto
dá sua lufada.
Nem a bonita
estrela no céu rebrilha,
O mar, que
silencioso estava, continua
Entes do céu à paz
formam uma quadrilha.
Este silêncio
dispõe da noite que é sua
Reúne em silêncio
esta celeste família
Família, na qual
não falta sequer a lua.
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