Me aborrecem as tais luzes do ocaso
Porque sei, anunciam uma mensagem
Porém pergunto, que revelação fazem?
Ou são luzes aleatórias meio ao
acaso.
Esmaecentes, num poente em atraso
Aquarela vertiginosa, ajaezada trazem
Talvez para que ar e nuvem se casem,
E jamais se quebre este fabuloso
vaso.
Em seguida, vem a escuridão intensa
Que da esquiva noite indaga sobre
dia
E o dia se recusa revelar o que
pensa.
Quanto a noite vem mistério se amplia,
E sem que nenhuma vontade o vença
Nem que se veja alguma estrela guia.
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