quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Se parece, é


Não interessa se mendigo pareço
E que alguns caretas me olhem feio
É que estar na moda tem seu preço
Então, assim vestido entro no meio.

Se preciso for, me visto do avesso
Porque moda/pedinte é meu esteio
E se me visto, curto enquanto cresço
É porque esse jeito disse a que veio.

O que está na moda não incomoda
Para quem a segue é perfeito refrão
Dane-se quem por inveja nos poda
E que a integrar-se sempre diz não.

Por isso irmanados em nossa roda
Ficamos parecidos com aberração.

Um comentário:

  1. Ainda bem que esse poema, apesar de ser coisa meio caótica nos nossos hábitos, me fez rir... Primeiro li o poema 'Inferno na Síria', e esse veio para refrescar! Mas é verdadeiro. Não faz muito me surpreendi e me fixei numa calça jeans de uma jovem. O que menos tinha era tecido. Mas fico a imaginar, 'Se parece, é...' será pobre ou maluca?
    Abraço!

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