Esta tarde escorrendo por meus dedos
Enquanto, mudo, pras paredes falo
Dizendo-lhes porque calo meus medos
E porque sonhos na verdade embalo.
Frágil dentro, lá fora desafio
Pássaros vão desafiando o vento
A multidão na rua flui como rio
Então, para mim, guardo pensamento.
Derreto-me na tarde de janeiro
Esperando que passe o longo dia
Navego como trágico barqueiro.
Vendo a vida como muito não via
Caminhando triste neste sendeiro
Faço das minhas agruras, poesia.
...e que lindas poesias vc cria...encantou, emocionou minha alma o teu poetar! Soneto lindíssimo, de sensibilidade ímpar, meus sinceros parabéns!!! abraços, ania..
ResponderExcluirCaro amigo poeta Jair, fazendo do limão limonadas, aliás, belos sonetos.
ResponderExcluirUm abraço. Tenhas um bom dia.
Que belo soneto, Jair!! Penso que muitos têm essa sua postura, essa sensação de vazio, só que não sabemos dizer, colocar de maneira tão bonita. Estamos atravessando uma fase de insegurança, de medos. Tateando no escuro. E você coloca tudo poeticamente.
ResponderExcluirParabéns, amigo. Um dos poemas mais bonitos lidos aqui.
Abraços!!