É natural sonhar que estou numa ilha,
Onde as coisas estão sob meu talante
Sou rei, dono, aquele criador brilhante
Que manda e sobretudo mantém vigília.
Esse pedaço de sonho é como Brasília
Grande e ineficaz como o alvo elefante
Sem olhar em torno, então sigo adiante
Enquanto a politicagem este povo pilha.
Enquanto eu cego numa torre de marfim
Não consigo ver que está ali perto o fim
E tudo que é sólido se desmancha no ar.
Meu mal que tão nefasto se faz ao país
É conter falso brilho de superficial verniz
E esquecer que rapina o povo vai pagar.
E esquecer que rapina o povo vai pagar.
Belo e reflexivo soneto, muito bem construído...Sempre é muito prazeroso te ler, Jair! Sinceros parabéns, abraços, ania!
ResponderExcluir