domingo, 23 de abril de 2017

À Cervantes



Devagar, vou criando minha nova ideia
A qual a mim parece, está meio estagnada
Rearrumo em outro jeito, todos e cada
Vou construindo verdadeira panaceia.

Sou cavalheiro que venera Dulcineia
Com Rocinante, nesta busca embriagada
Aquela deusa que sem ela não sou nada
Porém, que me estimula para esta odisseia.

Tal inimigo se faz de moinho de vento
Vai roubando o placidez de meu pensamento
Porém, com minha lança, de joelho o pus.

De maneira que nesta viagem prossigo
Com coragem e Sancho Pança meu amigo
E sei que no fim do túnel haverá luz.

Um comentário:

  1. Pois é, meu caro poeta amigo Jair, precisamos ser, pelo menos um pouco, Dom Quixote nesta existência para que não matemos o pouco de poesia que ainda há no mundo.
    Um abração. Tenhas uma boa semana.

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