segunda-feira, 22 de maio de 2017

Nada é como queremos

Genial, se como queremos, tudo fosse
E, cada coisa, mesmo todas, detalhadas
A observar, nossas mentes extáticas, pasmadas
Então o mundo, a nós, pareceria um doce.

Porém, isso implicará em sempre vencer
O mais das vezes, nossas mãos manietadas
Ávidos, perdemos saborosas bocadas
E acredite, nunca ninguém vai se condoer,

Contudo, haverá conformidade na morte
O que não é afirmação animadora
E tampouco o mapa da busca do tesouro.

Vida, linha inconsútil, não existe corte
Igual como todo o duro caminho a fora
Só que de contorno áspero e duradouro.

3 comentários:

  1. Caro amigo poeta Jair, parabéns pelo soneto. Teus poemas são todos muito bons, mas ficam ainda melhores e mais profundos quando tu poetizas sobre a filosofia existencial. Um abração. Tenhas uma ótima semana.

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  2. Boa tarde, querido amigo Jair,
    às vezes, me pergunto, o porquê de tudo não ser bem certinho, a felicidade fosse sempre presente em nossa vida, que não precisássemos pensar na morte e nem no amanhã.Em seu soneto maravilhoso, penso que se isso fosse possível a nossa existência não teria propósito, como você bem nos fala em suas palavras.Como sempre texto para se refletir sobre a vida .... Abraço!

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  3. Exatamente como disse o Dilmar: você fica melhor quando fala na existência, nas reflexões mais profundas, no temas que nos fazem mergulhar nas dúvidas, nos temores... Penso sempre, mas não perco a alegria. Meio incompreensível, não? Quisera ter a felicidade sempre, mas isso não existe. Então...à luta!
    Abraço, amigo!

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