sexta-feira, 25 de agosto de 2017

A Musa


A musa não mais me visita, e anoiteço
Esperando que ela volte depois da aurora
Pedir-lhe-ei, então, que aponte um começo
Depois estará liberta pra ir embora.

Não importa que seja poema pelo avesso
Desde que extinga a chama que me devora
Porque sei que o alumbramento tem um preço:
Que é enfrentar teclado de hora em hora.

Então, finalmente, surge um novo dia
Eis que toda a esperança se torna vã
Porque vai embora a inspiração que existia.

É bem simples, nada produzo esta manhã
Nesta mente não há lugar pra poesia
Pois prefiro, enfim, manter minha mente sã.

2 comentários:

  1. As musas são caprichosas, caro vate. Um abraço. Tenhas um lindo fim de semana.

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  2. Creio na loucura do poeta quando a musa se vai e em seu lugar deixa a transpiração.
    Enfim encontrei seu blog caro Jair, que rico acervo!

    Tenha uma linda tarde.
    Abraço.

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