sábado, 19 de agosto de 2017

Poesia

Pra fazer versos não precisa ser asceta
Porém, precisa as pestanas ter queimado
E mais: ter em mente certa aceitável meta
Então, todo o universo ouvirá seu brado.

Eis que, ao morrer, a sua obra se completa
Pois senso dos leitores a terá filtrado
E ganha força, mesmo criação discreta
Mas os seus erros? Apagam-nos o passado.

Versar é ensacar temores e sensações
Embrulhados em transparentes versos
É externar variadas perguntas e senões
Criar estranhos singulares universos.

Dosar muito bem as pitadas e porções
Para não cair nos tais caminhos transversos.

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