quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Somos escravos do tempo

Ah, se meu dia fosse só de auroras!
ah, se jamais existissem assombros!
e sumissem os pesos de meus ombros;
e se tornassem dóceis estas horas.

Porém, o implacável tempo fulmina,
diz quando e se haverá  alvoradas;
e pouco liga pras minhas jornadas,
apenas segue amoque sua rotina.

Então, o tempo vai por aí seguindo,
não se apressa nem mesmo se dilata,
mas nosso tempo vai diminuindo.

Porque tempo que cria também mata;
e pouco lhe interessa o belo, o lindo;
não liga, mas também não faz bravata.

Um comentário:

  1. Olá Jair, disseste muito bem! O tempo é indiferente a nossas aflições e prosseguimos escravos....é a vida! Parabéns pelo belo soneto! Bjs

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