Não desejo, mas ouço
a voz dos ventos,
lufas frias, ferindo
como adagas;
parece a mão armada
dos elementos,
que no oceano rola as
altas vagas.
Longe do suposto
drama, caminho,
vou pensando, mudo,
seguindo o trilho;
lentamente, pois sei
que estou sozinho,
e o que penso com
ninguém eu partilho.
Um poeta, compõe
versos e sonhos,
e, certamente, não
procura a glória,
sei, portanto os pés
no solo os ponho.
Também não busco
lugar na história,
num pedaço de brilho
que disponho,
quero apenas não
findar em escória.
Belo poema, onde os versos retratam sentimentos e uma sinceridade admirável!
ResponderExcluirBelo soneto, meu caro amigo poeta Jair, por onde desfila tua criatividade. Muito bom mesmo. Um abração. Tenhas um belo domingo.
ResponderExcluir