Numa
demonstração feroz, massa bravia,
seu
movimento alterna em ondas esse oceano;
sobem e
descem como vero monstro insano,
o mar
ignora os barcos, lhes faz porfia.
Balouçando
conveses, procela fugidia,
em
minutos, constrói evento diluviano;
acima da
compreensão do ser humano,
como que
por medonha força da magia.
Frente
ao fenômeno, o homem se vê perdido,
nada o
preparou para a fatídica espuma,
que
dissolve a luz e transporta-o a treva.
Nessa
azáfama letal só se ouve gemido,
que
mostrar desespero nessa hora costuma,
enquanto
aos céus almas descarnadas eleva.
Boa tarde,Jair
ResponderExcluirapenas os que convivem com as ondas do mar é que sabem
quão insano é quando no seu balançar leva para o fundo do mar,aqueles que arriscam-se em suas ondas bravias. Belíssimo soneto. Abraço!