Olha as alturas, este observador
terreno,
e, sonhando, transforma tudo em poesia;
já que vê no céu tanto mistério e
magia,
e tanta enormidade que se acha pequeno.
Mas o firmamento não lhe faz um aceno,
que seja sério, ou que seja mera
ironia;
mesmo apenas simples piscadela vazia,
ou cumprimento vão, destilando veneno.
E, por vezes este céu tornando-se
fúria,
na fé dos homens violentamente, bate,
borrascoso, cidades e aldeias atinge.
Como a impingir à terra suprema
injúria,
em um estranho unilateral combate,
mantendo-se misterioso igual esfinge.
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