sexta-feira, 25 de abril de 2014

Rio

Era só uma nascente, era apenas um fio
Contudo, seu projeto tinha grande futuro
Quem sabe, algum belo dia tornar-se rio
Embora seu curso assemelhe um enduro

Foi se fartando de águas como um louco
Foi se enchendo alargando as beiradas
Meandros formando assim pouco a pouco
Rasgando os campos com suas aguadas

Rio quando observo que agora és frio
Deixaste de ser aquele magro riacho
Formaste estuário de águas barrentas

Tem tantos tributários unidos em lio
És a mais orgulhosa corrente, eu acho
Barragens e represas agora arrebentas.

Um comentário:

  1. Meu amigo Jair, poeta exuberante, rio de ideias e de reflexões, de uma palavra constróis um poema.
    Agradeço aqui, teus comentários poéticos, bem estruturados, lá no meu modesto espaço.
    Um abraço. Tenhas um ótimo fim de semana.

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