Vai o vago vate que vaga
Ocultando-se
na pétrea escuridão
Na
noite que acolhe mas esconde
O vate vaga e sozinho faz questão
Carregar as estrelas não sei onde.
Tal como vaga o vate vagabundo
Íntimo de uma estrela arregalada
Vai traçando estrada pelo mundo
Aonde seu caminho dá em nada.
Garantindo que a planta proibida
O cálice do conhaque estragado
Vão-se sem retornar a esta vida.
Agora o sol desponta neste lado
Goste ou não, abre-se uma ferida
Agoniza
um coração abandonado.
Caro amigo poeta Jair, permita-me o contra senso: eis um belo poema amargo. A coisa assim tipo dizer que o chimarrão é doce.
ResponderExcluirUm abração. Tenhas uma ótima sexta-feira, meu poeta.
O destino do vate será sempre um destino vago e vagabundo.
ResponderExcluirxx