sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Soneto-acróstico

Vai o vago vate que vaga

Ocultando-se na pétrea escuridão
Na noite que acolhe mas esconde
O vate vaga e sozinho faz questão
Carregar as estrelas não sei onde.

Tal como vaga o vate vagabundo
Íntimo de uma estrela arregalada
Vai traçando estrada pelo mundo
Aonde seu caminho dá em nada.

Garantindo que a planta proibida
O cálice do conhaque estragado
Vão-se sem retornar a esta vida.

Agora o sol desponta neste lado
Goste ou não, abre-se uma ferida
Agoniza um coração abandonado.

2 comentários:

  1. Caro amigo poeta Jair, permita-me o contra senso: eis um belo poema amargo. A coisa assim tipo dizer que o chimarrão é doce.
    Um abração. Tenhas uma ótima sexta-feira, meu poeta.

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  2. O destino do vate será sempre um destino vago e vagabundo.
    xx

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