Em alumbramento, o vate morre
Então seu corpo inerte vai pra essa
E nada neste mundo já o socorre
Apenas sua obra a nós interessa.
Passou a vida fazendo poesia
Tratou de romance, existência, luar
Agora cobre-lhe o corpo a laje fria
E sualma estará em outro lugar.
E do seu acervo que trato agora
Morre com ele toda a produção?
Ou apenas o poeta se foi embora?
Na cova profunda, na escuridão
O poeta lembrando tudo, chora
Pois só poesia lhe trazia tesão.
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