Para onde vai
A mula sem cabeça
Se daqui não sai.
Dieta alegria
Bom humor toda
hora
Risos todo dia.
Rebola o pato
Com suas pernas
curtas
E bico chato.
A taturana
Futura borboleta
A ninguém engana.
Armas de fogo
Que buracam as
almas
Mandam no jogo.
Uma framboesa
Não só é saborosa,
como
Enfeita a mesa.
Prá que desistir?
Por dura que a
vida seja
Melhor existir.
Beba meu sangue
Sozinhos eu e você
Somos Yin-yang.
Saci-Pererê
Na floresta se
esconde
Onde ninguém vê.
E até quando
Vou errar nesta
vida
Andarilhando?
Perto dos ninhos
No
terreiro ciscando
Lindos pintinhos.
Cair na estrada
Sem qualquer
acalanto
Pela noite calada.
O pior dos mundos
Despesas do fim da
festa
O cheque sem fundos.
Muito bacana
Volutas e vórtices
A filigrana.
Ao invés de lanche
Prefiro comer
bastante
Esse tal brunch.
Ouriço caixeiro
Almofada de
espinhos
Real paliteiro.
Tantas estrelas!
Impossível contê-las
Só entrevê-las.
Que pintos piem
Galinhas cacarejem
Mas tu carpe diem.
Mico faz festa
Ô bichinho animado
Lá na floresta.
Por de primeiro
Que engolido seja
Um boi inteiro.
Grande multidão,
Mas cada qual na sua
Ego solidão.
Bater com o taco
Após último buraco
Colocar no saco.
Tico-tico pia
Enquanto a fêmea
Cuida da cria.
Viver tem sentido
Se fizer indagação
Porque ter vivido.
Seque sem demora
Lágrimas capciosas
Pois homem não
chora.
Estava parado
Uma explosão: big
bang
Tudo foi criado.
Minha imagem
O velho do espelho
Manda mensagem.
Fama e dinheiro?
Tenho ambição
maior
O mundo inteiro.
Sem empecilho
Por esconsos caminhos
O andarilho.
Acho que o mundo
Gira em torno de
mim
Bem lá no fundo.
A andorinha
Gosta de fazer
verão
Nunca sozinha.
Verdade cheia
Bonitona foi dormir
Acordou feia.