O avesso de Augusto
dos Anjos
O mar é alegre sob
qualquer critério;
Cada cor abrandada
revela a doçura,
Da coberta de
espuma sua brancura
Até pontuais marés
e seu gesto sério.
Ah! dirão, e a
profundeza de mistério,
Cujo fundo se
encontra àquela lonjura
De amplidão
imensurável e tão escura
Do tamanho de um
inteiro hemisfério?
Quando à mente tais
questões tragas,
Pense na água, não
apenas nas fragas,
De modo que
qualquer dúvida se esvai.
Refletindo a luz do
avermelhado poente
O poeta transcende
pelo que vê e sente,
Então chora quando a sua ficha lhe cai.
Então chora quando a sua ficha lhe cai.
Meu caro vate, sem desprezar o talento augustiano, prefiro o soneto saído de vossa lavra, sobretudo, pela musicalidade contida em cada verso. Abração. Tenhas um ótimo fim de semana.
ResponderExcluirBoa tarde, amigo Jair,
ResponderExcluirseu soneto fazendo o avesso de Augusto dos Anjos, o poeta da Morte, da angústia, do desânimo e do pessimismo,nos mostra a leveza, a luz, da vida. Muita criatividade, a sua marca registrada. Abraço!
É verdade, está o avesso de Augusto dos Anjos, o poeta da angústia, da tristeza, do lamento de sua vida, do mundo em que viveu, talvez sob medida. O poeta triste.
ResponderExcluirAmigo Jair, os calendários marcam 'Dia 20 de outubro - sexta-feira' o Dia do Poeta no Brasil, parabéns pelo seu Dia!!
Abraço!