domingo, 22 de outubro de 2017

À morte

Esta vida frágil, que pouco dura
É caminho reto em direção a morte
De fato, nos fornece passaporte
Para viagem a uma prisão escura.

A última morada, a tal sepultura
Ideia que não há quem a suporte
Então não será nem questão de sorte
É o preço final da vida aventura.

Descemos então ao sepulcro gelado
Após nosso derradeiro suspiro
Com o velho coração já parado.

E ao negror terrível eu me refiro
Àquele que a ninguém será negado
A não ser ao corpo de algum vampiro.

2 comentários:

  1. Seu poema me lembrou Augusto dos Anjos. Tem um onde ele diz: "da sua caveira para minha caveira;do seu sepulcro para o meu sepulcro"! Conhece,Jair?

    Obrigada pela visita

    Beijos sabor carinho e um fim de semana abençoado

    Donetzka

    Blog Magia de Donetzka


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  2. Bah, mas assim você me mata! Após seu poema 'avesso de Augusto dos Anjos', você agora vem com ele, e com muita semelhança?
    Pois bem, que é bonito é, não Jair? Tristeza, morte, alma, velhice são temas excelentes para poema, sai no fundo da alma e nos leva a pensar muito. Uma vez, lembro que lhe disse que você é mestre nisso, lembra? Foi um poema sobre a Velhice. Não lembro quando você postou.
    E depois desse último dele, peguei aqui " Eu e Outras Poesias" e li muitos versos, é pesado, não tem dúvidas, mas é muito lindo!
    Abraço, amigo!

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